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Beja 1400. A cidade como nunca a viu (vídeo)

“É a torre mais alta da Península Ibérica. Tem 38,80 metros e, para chegar ao topo, é preciso subir cerca de 200 degraus”. Funcionária no posto de turismo da Câmara de Beja, Fernanda Crujo já perdeu a conta a quantas visitas guiadas efetuou ao castelo, contando a história e as estórias do Castelo de Beja a gente vinda de todo o mundo. É uma tarefa facilitada, desde o passado mês de março, quando foi inaugurado o projeto Beja 1400, uma experiência interativa ao alcance de quem visita o o monumento.

“As pessoas passaram a ter acesso a conteúdos multimédia sobre a história da cidade e do Castelo, desde os tempos mais antigos até à Beja quinhentista. Podem ver como seria o castelo, como a cidade se organizava e a verdade é que ficam muitos satisfeitas com esta visita simultaneamente real e virtual”, conta Fernanda Crujo.

Na verdade, a  beleza do Castelo e da sua torre de menagem justificam, só por si, uma visita, mas há agora mais um motivo para visitar o monumento, símbolo da cidade e referência incontornável do património bejense.

Os conteúdos didáticos e culturais oferecem  ao visitante uma experiência memorável, ao mesmo tempo que proporcionam a oportunidade de conhecer  um pouco mais sobre a fascinante história de Beja. A proposta visa uma experiência interativa implementada na torre de menagem e no posto de turismo, onde a história do castelo, assim como algumas curiosidades, desde os tempos mais longínquos, são apresentadas com recurso a animações digitais.

Este projeto  resulta da estreita colaboração entre as áreas da história, artes digitais e multimédia, e pretende ser um guia visual com conteúdos acessíveis e didáticos para todos os públicos, sobre a torre de menagem e o Castelo de Beja, disponíveis em português, inglês e espanhol.

Todas as reproduções apresentadas  adotaram  critérios rigorosos na recriação dos cenários históricos  sobre o castelo até à data e  propõem ao visitante uma imagem plausível de como poderia ter sido este local no ano de 1400.​

A criação multimédia é da autoria de António Paisana, com consultoria científica/histórica de Miguel Serra. “Embora o Miguel [Serra] fosse muito rígido a nível científico, deu-me liberdade para criar, dentro dos critérios definidos. Foi tudo fito com prazer e com amor à cidade”, diz António Paisana, revelando que, inicialmente, foi desafiado para fazer um “pequeno filme” para a torre do castelo. No entanto, quis ir mais longe. “Senti, por uma dívida de gratidão para com a cidade, que poderia fazer um pouco mais. Então fiz o filme, uma breve história da cidade desde a Idade do Ferro até ao momento em que a torre do castelo ficou concluída, e foi mais além, ao criar um imaginário para a torre de menagem, com imagens comparáveis às de hoje”.

“No fundo”, prossegue, “procurei despertar a imaginação das pessoas… ao passearem pelo castelo, [podem ter] a a imaginação preparada para recriarem o que aquele espaço teria sido noutras épocas”. Além da configuração atual da praça de armas, qualquer visitante é convidado a olhar para o que ela poderia ter sido na Beja de 1400. Tal como sucede com o interior das salas da torre de menagem. Ou, até, com a reconstrução virtual das 28 torres e respetivos panos de muralha que cercavam a cidade medieval. A que se soma um jogo de perguntas e respostas, que desafia os conhecimentos adquiridos na visita ao monumento, ou algumas curiosidades como o jogo do moinho, antecessor do popular jogo do galo, que foi praticado “durante toda a época medieval, possivelmente por incremento dos muçulmanos instalados na Península Ibérica”.

O Castelo de Beja, nomeadamente a sua torre de menagem, é o monumento mais conhecido e emblemático da cidade. Trata-se de uma fortaleza gótica, cuja construção teve início no século XIII, logo após a conquista cristã da cidade, prolongando-se pelo século XIV e, possivelmente, pelo XV.

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