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Poesia, cultura como enigma e Galopim… aí está a Feira do Livro de Évora

João Luís Barreto Guimarães, Guilherme d’Oliveira Martins e Galopim de Carvalho: aí está o primeiro fim-de-semana da Feira do Livro de Évora. Abre este sábado e prolonga-se até ao próximo dia 21 de abril. Francisco Alvarenga (texto)

O suplemento literário do “The Times”, de Londres, diz que “o seu nome é absolutamente central no quadro da evolução da linguagem poética portuguesa”. Médico, poeta e tradutor – “Poesia Reunida” foi editado pela Quetzal em 2023 – João Luís Barreto Guimarães é o autor em destaque na abertura da Feira do Livro de Évora, agendada para este sábado, dia 13.

O escritor estará na Biblioteca Pública de Évora a partir das 17h00, para conversar sobre o seu percurso e sobre a sua poesia, que oscila, sempre, entre a contemplação da história, a ironia sobre as coisas comuns e quotidianas, a transformação dos sentimentos em meditação sobre a passagem do tempo, a construção de um universo próprio com as suas personagens, obsessões e descobertas.  

No curso de medicina da Universidade do Porto fez nascer uma disciplina de “Introdução à Poesia” pois, segundo afirma, “a poesia tem uma capacidade única de ajudar os estudantes a relacionar-se de forma holística com os pacientes, em oposição a vê-los como um problema médico a resolver”.

A passagem de João Luís Barreto Guimarães (Prémio Pessoa) por Évora ocorre na sequência de outros momentos altos: a apresentação de “A Cultura como Enigma”, cm a presença do autor, Guilherme d’Oliveira Martins (15h30, Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo) e o encontro de Carmen Garcia com os leitores, pelas 16h00, no stand da livraria FNAC.

E depois, no domingo, haverá dose dupla com Galopim de Carvalho. Primeiro um “almoço literário” preparado às 13h00 pelo Grupo de Cantares de Évora, no Monte Alentejano, depois (16h30, Biblioteca Pública) com o lançamento de “Ao Romper da Aurora”, o seu mais recente livro, apresentado por dois amigos de sempre: os historiadores Francisco Bilou e Manuel Branco.

Nascido em Évora a 11 de agosto de 1931, Galopim de Carvalho reúne neste novo livro uma nova coletânea de textos dispersos por redes sociais e blogues. “Gostava que o nome fosse ‘Ao Romper da Aurora’, porque muitos dos meus textos são escritos de madrugada. Falam de arte, sociedade, património, ofícios, gastronomia, filosofia, cultura, ambiente. Vai ser o meu último livro, estou convencido”, disse o autor em entrevista ao jornal “Público”, em novembro do ano passado. A edição é da Âncora, chancela pela qual tem publicados diversos títulos, como “O Cheiro da Madeira” ou “Com Coentros e Conversas à Mistura”.

Do programa para o primeiro fim-de-semana da Feira destaque ainda para a apresentação da “Autobiografia Não Autorizada de Mário Viegas”, domingo, pelas 15h30, na Biblioteca Pública. Trata-se, em boa verdade, de uma reedição. A primeira versão foi escrita em duas semanas por Mário Viegas, fotocopiada e distribuída juntos dos amigos. São recortes de jornais, bandas desenhadas feitas pelo ator em criança, entrevistas a jornais quando já adulto, fotografias, entre muitos objetos artísticos, e vem acompanhada de quatro CD’s com gravações inéditas do autor.

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